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O pianista espanhol Chano Domínguez e o bandolinista brasileiro Hamilton de Holanda atuam esta sexta-feira em Espinho no âmbito da minidigressão europeia em que se estreiam numa colaboração conjunta “muito especial” de jazz, flamenco, samba e choro.

O espetáculo está marcado para as 21:30 no Auditório de Espinho e leva a essa sala do distrito de Aveiro dois músicos de reputação mundial que, entre si, reúnem dois Grammys Latinos e 16 nomeações: Chano, ainda em 2012, foi nomeado para o prémio pelo álbum “Flamenco Sketches”, que gravou pela editora Blue Note, e Hamilton recebeu duas estatuetas por ter concebido “Bossa Negra”, eleita a melhor canção de 2015, e por ser o autor de “Samba de Chico”, o melhor álbum instrumental de 2016.

É o músico brasileiro que, em entrevista à Lusa, descreve o espetáculo resultante desta nova parceria, que a semana passada se concretizou pela primeira em formato de concerto integral em Berna, na Suíça, e, antes de chegar a Portugal, ainda só se deu a conhecer no Luxemburgo.

“A gente teve uma receção maravilhosa e para Espinho a expectativa também é grande porque não são só os artistas que estão sentindo falta de palco – o público também. Sentimos falta de fazer show como tem que ser, com as pessoas se ‘esquentando’, com calor humano, e acho que o público vai-se emocionar muito por ter este momento novamente”, declara Hamilton de Holanda.

A colaboração surgiu após um primeiro contacto entre os dois artistas em 2019: “O Chano foi fazer um concerto em São Paulo, eu me encontrei com ele e fiz uma participação especial rápida no concerto, de duas músicas. Mas a nossa estreia mesmo foi agora, no festival de jazz de Berna”, recorda o brasileiro.

A sintonia entre ambos os artistas terá sido imediata e Hamilton explica porquê: “Tocando com o Chano senti uma força muito grande, uma fluência rítmica e harmónica. Ele improvisa melodias bonitas e, além de um músico excecional, é uma pessoa muito agradável, alegre, humorada, e isso faz toda a diferença”.